quinta-feira, 25 de setembro de 2008

A viagem

Bueno, nada é tão fácil quanto pode parecer. Choradeira no aeroporto em Curitiba, correria em Guarulhos e horas torturantes de vôo para Madrid. Cheguei em Barajas (aeroporto internacional), quase morri porque queria comprar um "bolígrafo" e não achava uma droga de uma loja que vendesse uma simples caneta...rs

Además, espera para o vôo de Vigo. Chegada em Vigo. Por lá tudo ocorreu bem, graças à queridíssima Rosemara. Agora estou em Pontevedra. A cidade é linda, pequena e "antiga". Comi lagosta no jantar (isso no Brasil é chique...só no Brasil, acabei de descobrir ¬¬) e agora estou aqui, sentada, pensando na vida e na saudade que já me chega.

Esta é la iglesia de Pontevedra...só a vi a noite. Mas, é linda por causa da iluminação...




segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Encaixotando o universo

É, chegou a hora que nunca chegava: hora de fazer as malas.
- 7 pares de all star
- CDs, DVDs
- (muita!) roupa
- fotos
- a Mel
- família
- amigos

Nada disso cabe por completo na minha mala. Nenhum pedaço disso eu gostaria de deixar. Mas, infelizmente, terei. E, por mais estranho que possa parecer, justamente pelo fato de ter que deixar meu mundo por aqui é que estou indo viajar.
Vai entender!


Agora é hora de arrumar as malas. Escolher as roupas, eleger momentos, deixar pertences para trás. A mala, feita em camadas, aos poucos vai enchendo. E se enchendo. Como levar o meu mundo, vasto mundo, numa caixa sem moldes? Sento em cima, mas de nada adianta, ela não fecha. À frente dos olhos um dilema: o que deixar? Meu mundo inteiro é importante. As roupas, os calçados, os enfeites e fotos. Tudo faz parte de um universo completo, o meu universo. Encaixo, tiro, coloco de novo cada peça do meu quebra-cabeça. Finalmente a mala fecha. Para fora, resta ainda tudo aquilo que é grande ou pesado demais para carregar pela vida ou pelo mundo. O relógio denuncia o tempo que se esvai. Parto, então, dilacerando o cordão umbilical. Parto árduo, puxando, por uma alça, o meu pequeno universo mutilado.

(Guta)

domingo, 21 de setembro de 2008

Mais um blog

Mais um blog. Não tenho muita paciência pra essa coisa de "diário eletrônico", prefiro papel (nada ecológico, eu sei). Mas, vamos lá! Provável que Maria Cereja e Alegria do Pecado se misturem. Até porque, terei menos paciência do que já tenho para atualizar dois blogs. E aí haverá quem pergunte: mas por que dois blogs, então? Simples: Alegria é uma coisa, isso aqui é outra. Lá sou eu, de fato. Aqui, vou brincar de contar fatos, histórias e aleatoriedades de uma tupiniquim perdida en España.

Para fechar a primeira, obviamente, não poderia deixar de faltar Zélia, de alguma forma. Fica então a música que me fez pensar nessa coisa de viagem, de sumir, ir embora e, finalmente, "partir, andar":

Partir, andar
Eis que chega
Essa velha hora tão sonhada
Nas noites de velas acesas
No clarear da madrugada
Só uma estrela anunciando o fim
Sobre o mar sobre a calçada
E nada mais te prende aqui
Dinheiros, grades ou palavras
Partir, andar
Eis que chega
Não há como deter a alvorada
Pra dizer, um bilhete sobre a mesa
Para se mandar, o pé na estrada
Tantas mentiras e no fim
Faltava só uma palavra
Faltava quase sempre um sim
Agora já não falta nada
Eu não quis te fazer infeliz
Não quis
Por tanto não querer, talvez fiz

(Hebert Vianna - Participação Zélia Duncan - CD Sortimento)